quarta-feira, 16 de novembro de 2011

1º dia – Foz do Iguaçu – Resistencia (14/11/2011)

Distância - 655 km

Às 8h falei com o César e com o Emílio, que já estavam no Paraguai para comprar nossos rádios VHF para a viagem. E eu precisava tomar uma decisão de abortar ou continuar a viagem. Falei com meu mecânico em Taubaté e depois disso procurei uma oficina para poder verificar o estado do óleo do câmbio. Caso ele estivesse contaminado com partículas de metal o problema seria grave. Felizmente o óleo estava limpo e decidimos que faríamos a viagem somente com 4 marchas, mesmo que isso implicasse em menor velocidade de cruzeiro e maior consumo de combustível. Após Paraguai, mecânico, almoço e aduana, entramos na Argentina às 14:15h. Bastante atrasados e sabendo que não conseguiríamos chegar em Saenz Peña para dormir.

Quem disse que o combustível na Argentina era bem mais barato?? O UltraDiesel custa em torno de $4,40/l (em falta em quase todos os postos que passamos) e o EuroDiesel, que está em torno de $5,60 a $6,22. A gasolina ia de $5,50 a $6,20. Tudo muito caro nos postos. Água, salgados, doces, custam bem mais que no Brasil, principalmente na região de fronteira. Pelo que percebemos os postos da YPF são os que aceitam cartão (tarjeta). Os demais somente em dinheiro (efetivo).

Na Argentina pegamos muita chuva. Os policiais argentinos não pareciam dar muita bola pra gente. Fomo parados apenas uma vez perto da fronteira e apenas nos perguntaram pelos documentos (motorista, carta verde, carro e identidade/passaporte). Não se preocuparam com guincho, reboque, faróis auxiliares, nada. O que percebemos é que na Argentina há realmente um grande efetivo de policiais nas rodovias. Ficamos impressionados com a quantidade de latas velhas, muito antigas mesmo e mal conservadas rodando nas estradas. Até pensei que estávamos em Cuba! Motociclistas com capacete então? Somente os de BMW e Kawasaki mesmo.

A RN12, apesar de estar em bom estado, é muito suja de terra vermelha e com a chuva aquilo tudo vira um grosso caldo que emporcalha inteiramente qualquer veículo que por ela trafegue. O GrandVitara branco do Emílio já tinha virado marrom antes mesmo de rodarmos 100 km. Em Posadas a RN16 está em obras e há um desvio enorme pelo meio da lama pura. Aliás, essa cidade é meio caótica e nada bonita. Levamos quase 1h para atravessá-la, tal a quantidade de semáforos e de carros nas ruas. A maior concentração de latas-velhas que vimos foi nessa cidade.

Depois de Posadas a chuva parou e começamos a entrar na região das retas intermináveis. A parte mais bonita da viagem foi quando passamos ao largo da região conhecida como Esteros Del Iberá, uma gigantesca área alagada, semelhante ao Pantanal, riquíssima em peixes, aves, mamíferos e répteis. Paramos um pouco no pedágio e ali mesmo, da beira da estrada, vi pelo menos 10 espécies de aves dando mole. A paisagem nessa região é lindíssima, de encher os olhos, e as retas intermináveis. Nessa região fomos parados uma vez e nos pediram apenas o documento de entrada no país. Nunca perca-o, pois sem ele você terá problemas para sair da Argentina depois.

Chegamos em Resistencia às 21:40h e conseguimos um hotel com garagem para os carros no centro da cidade. É uma cidade muito bonita, arborizada, com ruas, praças e casas muito bem cuidadas. Mas nenhum motociclista anda de capacete também.



Um comentário:

  1. As fotos são lindas, uma pena os problemas com o carro, mas isso vc tira de letra, sempre achei que o combustivel na Argentinha fosse mais barato que no Brasil.
    Você deve ter tirado as fotos dos pássaros que te deram mole né rsrsrs.
    Abraços

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