quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

9º dia – Salar de Pujsa e Salar de Tara (22/11/2011)

Nossos planos eram os de visitar as Lagunas Blanca e Verde na Bolívia, mas não pudemos entrar no país porque esquecemos de carimbar nossa saída do Chile. E os oficiais bolivianos não são nada simpáticos. Um frio de doer no local da fronteira, a 4.200 m.

Mas
ainda bem que não deu certo e fomos fazer dois roteiros que o Emílio tinha registrado no seu GPS. São roteiros pouco explorados pelas agências, pois são distantes e precisam de veiculo 4x4.

Primeiramente nos dirigimos ao Salar Pujsa. No caminho, na rodovia 27, há o belo rio Quepiaco e logo mais uma belíssima laguna de águas muito verdes com o mesmo nome. Paramos para fotos e fomos premiados com um belo espetáculo. Na água havia um casal de tagua-cornuda, que chegaram até a margem enquanto mergulhavam e se alimentavam. Na Laguna Miñiques, principal local de reprodução, não dava pra chegar nem a 500 m, pois o acesso fica fechado nessa época.

As águas do Salar de Pujsa são avermelhadas e abriga milhares de flamingos-de-james. Lugar de cair o queixo de tão lindo. Esse salar é um dos melhores lugares para se observar essa espécie de flamingo, que é restrita somente as altas altitudes. Como é uma área protegida não é permitida a descida até a laguna para uma maior aproximação das aves. Para se chegar ao salar não uma estrada definida e o trajeto é feito pela areia mesmo. Ter um 4x4 foi fundamental.

Depois
seguimos para o Salar de Tara, tão impressionante quanto o primeiro. Mas pra chegar ate ele também é feito um longo caminho pelo meio do deserto, no areião fofo, onde numa bobeada qualquer pode-se ficar atolado. Andar quilômetros e quilômetros a 80 km/h ou mais na areia do deserto é uma experiência incrível. O maior risco é dar uma topada com alguma pedra grande que esteja enterrada. O Emílio desviou de uma espetacularmente.

várias formações rochosas pelo caminho e um paredão de rochas impressionante conhecido como catedral. O Salar de Tara é um reduto magnífico da vida selvagem. Fotografamos muitas aves de diversas espécies e algumas viscatchas.

Passamos
o dia todo acima dos 4.300 m, com picos de ate 4.830 m. Tirando a dor de cabeça do Cesar e da Rosangela, todos passamos muito bem.


Um fato que ficou bem evidente nesse dia foi o desempenho dos motores turbinados versus o aspirado acima dos 4.000 m de altitude. Enquanto os Trollers ainda tinham bastante potência para acelerar e ganhar velocidade, o Gran Vitara do Emílio arrastava-se, mesmo com o pé afundado no acelerador em 2ª marcha. Impressionante também é a fumaceira que os motores a diesel fazem nessa altitude, seja ele antigo e mecânico, como o meu Troller, seja ele novo e eletrônico como o do Cesar, ou uma moderníssima e caríssima Mercedes ML350 V6 com duas saídas de escapamento que passou por nós. É muuuita fumaça, com cheiro muito ruim, principalmente nas arrancadas ou quando se pisa até o fundo no acelerador.

Vulcão Licancabur ao fundo.


tagua-cornuda




Salar de Pujsa




flamingo-de-james





entrada para o Salar de Tara














Cometocino-de-dorso-castaño

minero-de-la-puna










2 comentários:

  1. Suas fotos estão estupidamente sensacionais!!! Como amante de fotografia e 4x4, estou com uma inveja que vcs não fazem idéia! kkkkkkkkk

    Estão fazendo tracklog de todos os caminhos?? Gostaria muito de poder seguir por todos esses lugares!!!

    Abs!

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  2. Realmente as fotos são sensacionais, de uma beleza fantástica, um verdadeiro show!!!

    Abraços

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