sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

10º dia - Vulcão Lascar (23/11/2011)

Para esse dia programamos uma aventura especial. Eu a Mônica e o Henrique ascenderíamos à cratera do Vulcão Lascar, um vulcão ativo, cuja ultima erupção aconteceu em 2006. A erupção de 1993 foi tão forte que as cinzas alcançaram Porto Alegre - RS e Buenos Aires (ver link acima). 

Por indicação do Emílio e da Lu contratamos o guia de vulcões Pedro Cisterna – basret@hotmail.com – tel: 09-8779716. O preço é de CH$ 90.000 por pessoa, o que dá aproximadamente R$ 300, já incluso transporte, bastões de caminhada e café da manhã.

Saímos
5h da manhã, pois até a base do vulcão seriam 3h de estrada. A primeira hora é tranquila, mas o restante da viagem é massacrante, pois a estrada é muito muito muito ruim e o carro não passa dos 20 km/h.

Iniciamos
a subida 8:40h, de uma altitude de 4.900 m, com muito frio e um vento muito intenso. De onde estávamos era possível ver a fumaça que saia do vulcão. Estávamos todos bem agasalhados, com segunda pele, gorro, luvas, jaquetas, cachecóis, mas o vento no rosto judia demais. Eu estava com o rosto e boca amortecidos.

O inicio é bem puxado e o que mais incomoda é a falta de ar que de vez em quando. Nada que umas respiradas fundas e um pouco de folhas de coca não resolvam. Depois de duas horas de subida, segundo nosso guia Pedro, no ritmo em que estávamos faltaria mais de 1h até a cratera. Com sua permissão segui na frente, pois me sentia muito bem fisicamente, apesar daquelas faltas de ar que acontecem de vez em quando. Cheguei na boca da cratera a 5.500 m de altitude com 2:40h de caminhada.

O visual é espetacular e emocionante demais. Era possível ver quase tudo a 360º. Com 3:05h chegou a Mônica e alguns minutos depois o Henrique com o Pedro. Agradecemos à Deus e à Patchamama (Mãe Terra) pela oportunidade de estarmos naquele lugar fantástico e tiramos muitas fotos para registrar esse momento único. Devido ao avançado da hora, não seria possível chegar ao cume principal a 5.560 m.

Iniciamos
a longa descida as 12:05h. A segunda metade da descida é muito cansativa, pois a inclinação é alta e o terreno composto de areia e muitas pedras. Se não fossem os bastões de caminhada teríamos levado muitos tombos. O pior é ficar o tempo todo enxergando o carro embaixo na base, minúsculo... O vento continuava judiando do rosto e da boca. Depois de 1:30h de descida chegamos ao carro, extenuados. Pior que tínhamos ainda 2h de estrada massacrante pela frente, onde não havia jeito de dormir.

No
caminho pudemos observar um acontecimento raro, que acontece a cada 3 ou 5 anos no deserto. A florada do Atacama! Devido as intensas chuvas do último inverno, as sementes latentes de várias espécies de flores germinaram. No nosso trecho havia campos e mais campos de uma belíssima flor lilás.

Para quem quiser saber mais sobre esse lindo e raro fenômeno,
duas excelentes reportagens:

http://www.band.com.br/noticias/mundo/noticia/?id=100000466954
http://youtu.be/yPjTZJKYtMc

Enfim,
chegamos no final da tarde ao hotel, quase sem forças. Compramos algumas empanadas na esquina mesmo e fomos dormir cedo.






Lascar no canto esquerdo

Laguna Lejía

Lascar




































1993

1993

2006

2006
 

Um comentário:

  1. Impressionante, tem que ter muita determinação pra conseguir chegar até o vulcão, mas a recompensa vem em seguida, a visão é espetacular, parabéns Marcão a você e seus acompanhantes pela proeza de realizar este sonho.
    Abraços meu amigo.

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