ATACAMA NOV/2011: 11º dia – Salar de Atacama (24/11/2011)

Roteiro: Lagunas Chaxa, Céjar e Tebinchique

Nosso último dia em San Pedro. Pela manhã tivemos que mudar de hotel pois o Don Raul encontrava-se lotado e nossa reserva já tinha expirado. Conseguimos ficar no Chiloé, a 50 m de onde estávamos, e CH$10.000 mais barato ($37.000 a diária de casal).

Para a tarde o roteiro seria o de conhecer as lagunas que ficam no Salar de Atacama: Chaxa, Céjar e Tebinchique. Primeiramente fomos à Chaxa, a mais distante. No centro de visitantes foi mostrado um filme explicando como foi formado o salar, qual a fauna existente na região, como viviam os primeiros habitantes, etc. O Salar de Atacama é o maior do Chile, com 3.000 km² de área, medindo 100km de comprimento por 80 km de largura. Está a 2.300 m do nível do mar e nos locais mais profundos a camada de sal possui 1.400 m.

A Laguna Chaxa não é de uma beleza deslumbrante, mas é um dos melhores locais para a observação dos flamingos andino e chileno, pois há uma trilha que corta a laguna, permitindo uma boa aproximação dessas magníficas aves. Há ainda muitas outras espécies de aves e uma espécie de lagarto. Dessa laguna tem-se uma ampla visão da cordilheira, com destaque para o Vulcão Lascar.

Depois disso rumamos para a Laguna Céjar, cuja altíssima salinidade não deixa que as pessoas afundem, como no Mar Morto. Já era fim de tarde e apesar do sol o vento estava muito forte e meio gelado. Mesmo assim o Emílio e o César arriscaram um banho na água gelada e saíram brancos de sal. Levar água doce no carro para se lavar é fundamental.

Dali passamos pelos os Ojos del Salar, dois enormes círculos de água doce e muito profundas que existem no meio do salar e finalmente para a Laguna Tebinchique.

Os caminhos para as Lagunas Céjar, Ojos del Salar e Tebinchique em alguns trechos são bastante arenosos e dependendo da (im)perícia do motorista podem causar alguns atolamentos.

O maior problema nesse dia era o forte vento, que deixava a água da laguna toda encrespada. Em dias sem vento ela torna-se um espelho, refletindo a cordilheira que está por detrás. Interessante é a cor que a água vai adquirindo a medida que o sol desce no horizonte. Como não há nuvens nem montanhas para o lado do pôr-do-sol, os raios iluminam até o último instante de luz e nossas sombras tomam proporções gigantescas. É um belo espetáculo.